Preço dos carros populares – o governo amplia o programa de desconto do carro zero km – veja se realmente vale a pena financiar o seu

O preço dos carros populares subiu demasiadamente nos últimos anos, de tal forma que o governo vem buscando soluções para tornar a compra de um carro zero mais acessível. Nesse contexto, a ampliação do programa de desconto para carros zero quilômetro surge como uma medida que visa incentivar o setor automobilístico e estimular o consumo. 

Com a ampliação do programa, surgem questionamentos sobre a viabilidade de financiar um carro zero quilômetro. Vale a pena aproveitar os descontos oferecidos pelo governo e adquirir um veículo por meio de financiamento? 

Nesta análise, é importante considerar diversos fatores, como taxas de juros, valor das parcelas, prazos de pagamento e manutenção do veículo. Além disso, é fundamental avaliar a própria situação financeira e fazer um planejamento cuidadoso para evitar endividamentos excessivos. 

Este artigo explora as vantagens e desvantagens de financiar um carro popular, analisando o programa de desconto do governo e oferecendo insights para ajudar os consumidores a tomar uma decisão informada sobre a compra de um veículo zero quilômetro. 

 

Como funciona o programa de redução de preços dos carros populares  

O valor inicial reservado pelo Governo para o programa foi de R$ 1,5 Bi, com previsão de duração de até 4 meses, ou enquanto durar a verba reservada. Entretanto, em apenas 15 dias, 84% da verba destinada já tinha sido consumida. 

Funciona da seguinte forma: O cliente vai até a concessionária e ao adquirir um veículo novo, a montadora cobre o valor que a loja deixou de receber e solicita ao governo o valor revertido em crédito tributário. Então, o montante acumulado pela montadora durante o período do programa é usado para abater impostos. 

Programa de Desconto: Oportunidade de economia para carros populares novos 

O programa do Governo Federal para estimular a venda de carros populares no Brasil propõe descontos de até 10,79%. O objetivo principal é reduzir os preços para o consumidor final.  

A proposta leva em consideração três fatores para a redução dos impostos: fatores industriais, sociais e ambientais. No âmbito industrial, o desconto é maior para aqueles produtos cuja a quantidade de peças e componentes tem maiores fabricações.   

No âmbito social, o desconto é inversamente proporcional ao preço do veículo. Ou seja, quanto mais barato for o veículo, maior é o desconto.  

Quanto aos fatores ambientais, o governo quis estimular a utilização de veículos sustentáveis e promoveu maiores descontos para veículos com altos níveis de eficiência energética.  

Na tabela atualizada do governo, 9 montadoras pediram créditos tributários ao governo para participação ao programa, sendo 32 modelos veiculares ao todo, que apresentam descontos que vão de R$ 2.000 a R$ 8.000 mil por veículo de até R$ 120.000.   

 

Financiamento: Análise do custo-benefício diante do programa de desconto 

 Para efeito do cálculo de viabilidade financeira, foi feito uma análise do carro mais em conta disponível no programa, o Renault Kwid 1.0. 

De acordo com a planejadora financeira da Super Rico, Paula Bazzo, em simulação encomendada pela InvestNews, considerando o valor do veículo, já com o desconto do programa, de R$ 61.000 (redução pelo incentivo do governo de R$ 8.000), e uma entrada de 20%, o valor final do veículo em 36 meses sairia por R$ 81.124,16.  

Ou seja, considerando uma taxa de 2% a.m., o valor final que o consumidor pagaria por esse veículo ainda iria ultrapassar os R$ 20.000, o que é equivalente a aproximadamente 32,78% a mais do que o valor do veículo com o subsídio do governo. 

Para quem domina os investimentos, vale a pena uma comparação com esse mesmo valor investido em um determinado prazo, visando alcançar o preço do veículo. 

 

Impacto da redução do preço dos carros populares no mercado automobilístico 

Segundo a FENABRAVE (Federação das Concessionárias), a revenda dos veículos mais que triplicou na primeira semana do programa adotado pelo Governo. 

Com os recursos se esgotando, o programa será prorrogado e estendido para empresas, beneficiando assim as locadoras também, além do consumidor pessoa física.  

Além disso, algumas empresas e concessionárias estão concedendo por conta própria ainda mais descontos em alguns veículos para que esses cheguem ao teto do valor contemplado pelo programa.  

Porém, o governo precisa apontar as fontes de compensação no orçamento para nivelar a queda de arrecadação dos impostos que são atingidos no programa.