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A introdução da moeda digital do banco central (CBDC) tem despertado grande interesse e questionamentos sobre como será a adesão da população brasileira ao real digital. Trata-se de uma evolução no sistema financeiro, com potenciais impactos significativos na forma como realizamos transações e lidamos com o dinheiro.
Trata-se da moeda virtual oficial do Brasil que será transacionada exclusivamente no ambiente digital.
O BC vem estudando o tema no Brasil desde agosto de 2020, onde resultou até em fórum regular para discussões. E pretende iniciar a incorporação dos participantes à plataforma do piloto do real digital até meados de junho deste ano.
A adesão da população brasileira ao real digital também levanta questões sobre privacidade, visto que a utilização de uma moeda digital centralizada requer um controle maior por parte das autoridades monetárias.
Nesse contexto, é fundamental analisar os diferentes aspectos envolvidos na adesão da população brasileira ao real digital, considerando a segurança, a educação financeira e a privacidade, a fim de garantir uma transição suave e bem-sucedida para essa nova forma de transações financeiras.
Segundo o BC, nove países já lançaram as suas CBDCs, e outros 71 países, incluindo o Brasil, já vem se planejando para lançar a sua.
Um dos aspectos cruciais é a segurança e confiabilidade do sistema. É essencial que as tecnologias empregadas na implementação da CBDC garantam a proteção dos dados dos usuários e evitem vulnerabilidades e fraudes.
Ademais, a alta volatilidade e flutuação também não irão existir, como ocorre nas outras criptomoedas, devido à sua paridade com a moeda oficial.
De acordo com Thiago Bertacchini, especialista em fraudes digitais, em entrevista à Jovem Pan News, a tendência é que a moeda digital seja segura. “É praticamente impossível interceptar uma transação”.
Bertacchini também ressalta que não é preciso ter conta bancária para ter o dinheiro, basta ter uma carteira digital para ter a custódia e fazer transações.
A CBDC, representando o real digital, promete trazer benefícios como maior eficiência nas transações, redução de custos e inclusão financeira para a população com pouco ou nenhum acesso a serviços bancários. No entanto, a adesão da população a essa nova forma de moeda requer uma análise cuidadosa dos desafios e considerações envolvidos.
A educação financeira irá desempenhar um papel fundamental, pois embora possa trazer benefícios, será necessário preparar a população para entender e utilizar o real digital de maneira adequada, conscientizando-a sobre os riscos associados.
O BC fez parceria com 36 instituições bancárias tradicionais e que já atuam sem agencias físicas para formalizar o real digital. A aposta é que a implementação e disseminação seja tão rápida quanto foi a do Pix, com a previsão de que elas deverão substituir as moedas físicas.
O que poderá acontecer de negativo para as instituições bancárias é a redução do número de contas bancárias devido à preferência dos usuários em transacionar a moeda digital, que será custodiada diretamente pelo BC, e com isso poderá ocorrer o esquecimento da moeda física, que ao contrário da moeda digital, é custodiada pelos bancos.
Venhamos e convenhamos que acabar com o dinheiro físico e substituí-lo por uma moeda controlada é tirar o direito das pessoas de ter a posse do próprio dinheiro.
Segundo especialistas, o problema disso é que o governo, representado pelo BC, será detentor de um grande poder sobre os recursos financeiros da população.
Uma das intenções do BC é que no futuro as CBDCs do BC central do Brasil possam ter até integração com outras CBDCs de outros países, reduzindo assim o custo de operações e transferências internacionais.
Apesar de ser uma moeda digital, o real digital não será caracterizado como criptomoeda, pois ele será regulamentado totalmente pelo BC, e não será descentralizado como as criptomoedas. Ou seja, o BC terá controle absoluto sobre todas as moedas digitais e com isso, terá condições de mapear todas as transações que os usuários vierem a fazer.
Ele irá saber quanto de patrimônio cada usuário terá, para quem eles enviaram e de quem eles receberam dinheiro. Dessa forma, a tributação ficará muito mais acirrada.
A moeda digital do Banco Central não será a solução para os problemas financeiros do Brasil, como o próprio BC transparece ser.
O grande receio é que sua regulamentação e controle seja totalmente de cunho político. Apesar da atual independência do BC, não se sabe até quando irá perdurar essa independência e nem se irá continuar assim. Visto isso, caso seja modificado esse formato da autonomia da instituição, o governo que estiver no poder irá ter total controle de tudo.
Isso poderá ser devastador para a economia do país, pois um governo irresponsável e incompetente poderá muito bem permitir a “impressão” ilimitada de moedas, gerando assim uma inflação contínua descontrolada.
Para finalizar, por um lado eles poderão “imprimir” dinheiro, e por outro, poderão definir como as pessoas irão gastá-lo.