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A crise sanitária mundial iniciada em 2020 com a disseminação do Corona vírus pelo mundo afetou gravemente os indices economicos da economia mundial, e aqui no Brasil não foi diferente.
Apesar do colapso sanitário nos hospitais e postos de saúde que se perdurou durante boa parte dos anos de 2020 e 2021, e do caos econômico que se instalou no planeta, alguns Países retomaram sua econômica mais rápido que outros. O Brasil, subretudo, apresentou uma rápida recuperação de postos de trabalho, bem como rápida melhoria também de outros indices economicos.
O terceiro trimestre brasileiro de 2022 foi marcado pela desinflação, ou seja, houve redução dos índices de preços nos três meses consecutivos. Assim como a perspectiva para a inflação de 2023 é de que ela fique abaixo da meta (4,75%).
Na 250º reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) realizado no dia 26/10/2022 a decisão foi para manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. A taxa Selic influencia diretamente a inflação, visto que o objetivo do aumento da taxa é desaquecer a economia, promovendo créditos mais elevados. Essa manutenção da alíquota já era esperada pelo mercado. Ela contribui diretamente para a contenção do consumo por parte dos brasileiros, ajudando assim no controle da inflação.
O gráfico abaixo mostra a trajetória da inflação nos últimos 12 meses, desde outubro de 2021.
Segundo o próprio COPOM a taxa Selic será preservada até que se consolide não só apenas o processo de desinflação, mas também o apontamento das expectativas em torno de suas metas. Como as políticas monetárias demoram a repercutir na economia do País, a preocupação com a inflação deve ser sempre a médio e longo prazo.
Apesar do boletim FOCUS prever o fechamento do ano de 2022 com a mesma taxa de 13,75%, os especialistas financeiros já apontam para um início de redução da taxa em 2023, embora não se tenha afirmado com precisão o inicio dessa redução.
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, em setembro, o ministro da economia Paulo Guedes, falou que as estimativas econômicas cogitam uma inflação total de 6,5% ao ano em 2022.
O ministro também salientou a importância do superávit no governo. Desde 2013 que o Brasil vinha registrando déficit primário nas contas do orçamento anual. E alguns especialistas diziam que o Brasil só iria ter superávit em 2027. Mas Paulo Guedes lembrou que nos próximos anos o País receberá em torno de R$ 900 bilhões em concessões e privatizações. Essas já estão definidas, e terá um ano de superávit.
Também explicou que a dívida do País permanece estável, mesmo após a injeção de recursos do auxílio Brasil, dentre outros recursos que o governo disponibilizou.
Outro indicador que foi bastante afetado no primeiro ano de pandemia, mas encontra-se em queda desde março de 2021, é a taxa de desemprego.
Observa-se no gráfico a seguir que a taxa de desemprego chegou a atingir quase 15% nos meses de setembro de 2020 e março de 2021. Certamente, esse foi o período crítico da pandemia.
O mês de agosto de 2022 registrou 8,9%, patamar que não era registrado desde outubro de 2015.
O ministro Paulo Guedes falou que o Brasil deve fechar 2022 com a taxa de desemprego em torno de 8%. Ressaltou ainda que se isso se concretizar, será a menor taxa dos últimos 15 anos. Porém, analisando o gráfico do Banco Central, em março de 2015, há sete anos, o País já havia atingido os 8%.
Embora tenha havido uma discrepância de dados temporais, a redução de 14,9%, em março de 2021, para 8,9%, em setembro de 2022, foi atingida em apenas 19 meses. Portanto, uma redução de 6 pontos percentuais no período.
O PIB, que é um dos indices economicos mais utilizados para medir a atividade econômica de um País, teve sua estimativa de crescimento aumentada de 2% para 2,7% em 2022, segundo dados da Casa Civil, do governo federal. De acordo com o órgão, a alta foi motivada pelo crescimento do mercado de trabalho. E também pelo bom desempenho do setor de serviços, que manteve a tendência de crescimento e ampliação dos investimentos.
A trajetória ascendente vem desde junho de 2020 após uma queda acentuada com início da pandemia. De acordo com o IBGE, o crescimento no segundo trimestre de 2022, por exemplo, em relação ao mesmo período de 2021, foi de 3,2%. E o destaque é o setor de serviços, que teve valores acima do projetado.