Dividendos de ações da Petrobras – Veja as alterações na política de distribuição dos dividendos da Petrobras

A distribuição de dividendos de ações da Petrobras tem sido um tema de grande interesse para investidores e acionistas, primeiramente pelos altos valores pagos nos últimos anos e depois pela recente mudança de governo recentemente e previsão de alteração na política de distribuição, já mencionada no novo governo.  

Ao longo dos anos, a estatal brasileira tem passado por transformações significativas em sua estratégia financeira, e tais mudanças podem afetar diretamente os rendimentos dos investidores. Neste contexto, entender as novas diretrizes adotadas pela empresa é essencial para tomar decisões assertivas no mercado de ações.  

Ao examinar as razões por trás das mudanças e o impacto potencial sobre os retornos dos investidores, este artigo busca fornecer insights valiosos para quem busca maximizar os ganhos com ações da Petrobras, além de proporcionar uma visão abrangente sobre o assunto, explorando as recentes alterações na política de distribuição de seus dividendos. 

 

Breve histórico de lucros e distribuição de dividendos de ações da Petrobras 

Vale salientar que a Petrobras, que era a empresa mais endividada do mundo, se tornou a segunda maior pagadora de dividendos do mundo. E um dos grandes fatores que contribuiu para isso foi a política de paridade de preços, que foi adotada em 2016 e lamentavelmente encerrada no inicio do atual governo, mais precisamente em maio deste ano.  

Após as grandes altas de 2021 e 2022 do preço do barril do petróleo, devido à pandemia e aos conflitos entre Rússia e Ucrânia, todas as petrolíferas mundiais se beneficiaram, aumentando seus lucros.  

Obviamente, a Petrobras acompanhou essa subida. Segundo o site Poder 360, a Petrobras obteve o 5º maior lucro entre 10 grandes petroleiras mundiais, porém a sua margem de lucro em relação à receita foi de 27,3%, tornando-se a petroleira com maior rentabilidade do mundo, bem acima da segunda colocada, que foi de 14,4% da norte americana Chevron.  

Essa alta rentabilidade fez com que a empresa passasse a pagar altos dividendos. Sendo assim, apenas em 2022 a empresa chegou a distribuir R$ 194 Bi em proventos aos seus acionistas.  

 

Novas diretrizes de pagamento aos acionistas 

Como já era de se esperar, na última quinta-feira (27/07), a Petrobras anunciou uma mudança em sua política de proventos. Essa mudança resume-se a redução da distribuição dos dividendos aos acionistas.  

Isso era uma atitude prevista, pois o montante de dividendos pagos estava sendo alvo de críticas pelo presidente da república atual, mesmo antes da sua eleição. Além disso, vários políticos da base atual do governo e o próprio presidente recém-eleito da Petrobras, Jean Paul Prates, também vinham tecendo críticas. 

 

dividendos de ações da petrobras: Plataforma no mar grafico em barras e simbolo de dinheiro
FOTO: dividendos de ações da petrobras – criação própria

 

Anteriormente, a distribuição era de 60% do FCL (Fluxo de Caixa Livre), equivalente ao Fluxo de Caixa Operacional (FCO) – Investimentos realizados pela empresa (Capex), paga trimestralmente. Agora, esse valor foi reduzido para 45% do FCL, valor considerado ainda bem expressivo, mantendo os pagamentos trimestrais, desde que a dívida bruta fique abaixo de US$ 65 bilhões. 

Entretanto, há um montante mínimo de distribuição de US$ 4 bilhões para o exercício, desde que o preço do barril de petróleo Brent esteja acima de US$ 40 dólares. 

 

Impacto das mudanças na cotação das ações 

Com a defasagem dos preços dos combustíveis chegando a 24%, segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) a empresa viu sua cotação em bolsa cair aproximadamente 5%. No dia seguinte, sexta-feira (28/07), foi divulgada a nova política de distribuição de lucros, resultando em cortes na remuneração dos acionistas. 

Após o anúncio nas mudanças dos dividendos, as ações subiram, muito provavelmente porque o mercado esperava coisa pior, como um corte maior no percentual do FCL. 

A atual gestão já havia anunciado uma revisão no plano estratégico da empresa, só não se sabe ao certo ainda como será esse incremento, e provavelmente o Capex será contemplado. Mas isso acontecendo, certamente terá um impacto negativo no FCL, e consequentemente uma possível diminuição dos recursos para distribuição aos acionistas, inclusive ao próprio Governo Federal, que é o acionista majoritário, com 28,67%. 

As mudanças na política de distribuição de dividendos da Petrobras podem ter um impacto significativo na cotação de suas ações. A alteração das diretrizes de pagamento aos acionistas pode afetar a percepção dos investidores sobre a atratividade da empresa como uma opção de investimento. 

Quando a remuneração dos acionistas é reduzida, isso pode levar a uma diminuição no interesse dos investidores, resultando em uma pressão negativa sobre a demanda pelas ações. Com menos investidores interessados em comprar essas ações, a cotação tende a sofrer uma queda. 

Além disso, a previsibilidade dos rendimentos para os acionistas também é afetada pelas mudanças na política de dividendos. Investidores geralmente procuram empresas que oferecem dividendos estáveis e previsíveis ao longo do tempo. Portanto, alterações abruptas na política de distribuição podem gerar incerteza e afastar potenciais investidores. 

 

Considerações finais  

Em resumo, as mudanças na política de distribuição de dividendos da Petrobras podem desencadear oscilações na cotação de suas ações e influenciar o comportamento dos investidores em relação à empresa. A transparência e comunicação efetiva da empresa sobre suas decisões podem ser fundamentais para mitigar possíveis impactos negativos no mercado acionário. 

 

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