B3 – Conheça um pouco da história da B3 e sua evolução nos últimos 10 anos

Certamente, a evolução da B3 (Bolsa Balcão Brasil) nos últimos dez anos é um fator de grande relevância, visto que as engrenagens da economia nacional estão totalmente atreladas a ela.  

Desse modo, a bolsa de valores oficial brasileira reflete tanto as crises econômicas quanto o crescimento da economia, e através dela, diversas operações de investimentos acontecem diariamente.  

A B3 tem mais de um século de história para contar. Decerto, ela tem como seu principal indicador de desempenho o índice IBOVESPA, que além de servir como espelho para reflexo da variação das ações de outras companhias que não compõem o índice, serve também como parâmetro de desempenho de qualquer carteira de investimento. 

Se quiser saber mais sobre a trajetória da bolsa e o desempenho do seu principal índice nos últimos dez anos, continue lendo esse artigo. 

Foto: B3 – Alfribeiro – por Pixabay 

 

Conheça um pouco sobre a B3 

A história da bolsa de valores brasileira pode ser representada em resumo por uma linha do tempo. Ela vai desde a sua criação em 1890 com o nome de Bolsa Livre, até a atual B3.

Em 1967 passou a ser chamada de Bovespa, e pouco antes disso foi o período em que ocorreu a transição da vinculação pública para assumir características institucionais.

Em 1984 deu inicio as operações da CETIP (Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados), que oferecia uma espécie de serviços financeiros ao mercado.

1986 foi o ano onde a bolsa deu início às operações da BM&F. Mais tarde, em 2002, a bolsa do Rio foi incorporada à BM&F, passando então a ser chamada de BM&F Bovespa, seis anos depois, em 2008.

 

Figura 1. Representação da linha do tempo, desde a fundação da bolsa até a criação da nomenclatura B3 

Fonte: B3

 

O índice que rege a trajetória 

A evolução da trajetória de valorização da B3 é observada por meio do IBOVESPA, que também é conhecido como IBOV, criado em 1968. De fato, este é um indicador que serve como termômetro do mercado acionário no País, sendo um índice de retorno total.  

O que significa que leva em conta as oscilações nos preços dos ativos da carteira e reflete o impacto do pagamento de todos os proventos das empresas emissoras das ações.  

Então, por meio de um sistema de pontuação com base em reais, mensura o desempenho médio de uma carteira teórica com as ações mais significativas e negociadas na bolsa de valores.  Esta carteira é revisada de 4 em 4 meses pela B3, podendo variar, e tem por base os seguintes critérios: 

  • Boa liquidez e grande volume financeiro; 
  • Ser um ativo elegível, com 85% do índice de negociabilidade; 
  • Presença em pregão de 95% no último ano. 

A participação das ações de cada companhia no índice é feita através de uma média ponderada, atribuindo-se um peso a cada uma delas, e cujo percentual não pode ultrapassar 20% em ações na composição. 

Assim, atualmente o índice é composto por 89 empresas, porém com rebalanceamentos temporários para ajuste dos pesos de cada ativo. Dessa forma, uma ação que porventura venha a ter a maior alta do dia, pode tranquilamente não fazer parte do índice.  

As cinco principais ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa são: 

  • ITUB4 – ação preferencial do Itaú Unibanco 
  • PETR4 – ação preferencial da Petrobras 
  • BBDC4 – ação preferencial do Bradesco 
  • PETR3 – ação ordinária da Petrobras 
  • VALE3 – ação ordinária da Vale 

 

Evolução da valorização da B3  

Inegavelmente, para entender a valorização da bolsa nos últimos anos é interessante observar a trajetória do índice IBOVESPA no período. 

Veja a seguir um gráfico da evolução do IBOVESPA nos últimos dez anos. 

 

Gráfico 1. Evolução do IBOVESPA nos últimos dez anos (2013 a 2022) 

Fonte: B3 – Adaptado

 

Pode-se observar que de 2013 a 2015 houve uma redução do índice IBOVESPA de 15,83%, o que representou 8.157,2 pontos. Certamente, essa decrescente se deu devido à grande crise político-econômica do período que levou o País a recessão em 2015 e 2016.  

Contudo, no segundo ano de recessão o País já começou a dar sinais de recuperação com o IBOVESPA apresentando alta, não só nesse período, como também nos anos subsequentes, até 2020, quando começou uma nova curva decrescente devido à grande crise sanitária do Covid-19.  

Analistas e investidores afirmam que, a longo prazo a bolsa sempre irá crescer. Contudo, em alguns anos, poderá ocorrer um crescimento negativo, como aconteceu nos últimos dez anos, nas duas crises já mencionadas. Mas pelo histórico da trajetória de mais de 130 anos de pregão, quem investe a longo prazo em boas empresas terá sempre um aumento do seu patrimônio.  

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