Gastos com compra de imóvel – Saiba quais são os 8 principais gastos e veja as dicas para planejar a compra

Os gastos com compra de imóvel podem variar de acordo com a instituição financeira, tipo de financiamento imobiliário e condições do contrato de crédito.  

Esses custos precisam ficar bem claros, principalmente para quem decide comprar na planta. Além disso, precisa saber também se a compra será à vista ou financiada.  

Algumas taxas devem ser pagas antes mesmo de o comprador receber as chaves. Embora nem todas sejam obrigatórias, é importante ficar de olho nas cláusulas contratuais, pois estes custos nem sempre estão incluídos na taxa da escritura. 

 

 

Os 8 principais gastos com compra de imóvel 

1. Taxa de cessão de contrato ou taxa de transferência: é paga quando se precisa fazer a transferência da titularidade do imóvel e custa em média de 3,5% do valor do imóvel, podendo variar de 2% a 5%. 

2. Taxa SATI: taxa de assessoria técnica que é cobrada quando o imóvel é adquirido na planta. O custo corresponde a 0,5% ou 1% do valor do imóvel.  

3. Taxa de corretagem: é variável depende de cada estado. Em São Paulo, por exemplo, varia entre 6% e 8% do valor do imóvel, mas no geral varia entre 3% a 6%. 

4. Taxa de interveniência: cobrada quando o financiamento é feito através de outra instituição financeira diferente da que financiou a obra. Pode chegar até 2% do valor do imóvel. 

5. Imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI): o custo é de até 3% do valor do imóvel, mas varia entre os municípios.  

6. Escritura pública: esta taxa deve ser paga pelos compradores que não financiaram o imóvel, pois o contrato de financiamento já tem o valor embutido. O valor varia de acordo com o estado, podendo ou não ser proporcional ao valor do imóvel.  

7. Registro do imóvel: o custo tem como base o valor do imóvel, mas varia de acordo com cada estado.  

8. Custo do financiamento: corresponde, geralmente, ao valor de 80% do total do imóvel. Inclui outras taxas como seguros e serviços, que podem ser até cortadas.  

 

 

Planejando a compra do imóvel 

Comprar um imóvel por impulso, definitivamente, não é a melhor opção. É imprescindível avaliar as propostas para não entrar em um financiamento sem vantagens.  

O ideal é que a prestação do imóvel não comprometa mais do que 25% da renda familiar. Se o comprador for um jovem que esteja iniciando a vida, é necessário avaliar a vida útil da propriedade, pois caso esteja pensando em ter filhos rapidamente, terá que dimensionar as acomodações para toda a família que pretende ter.  

Algumas dicas para o planejamento: 

1. Inicie consultando seu saldo de FGTS e analisando a possibilidade de utilizá-lo na compra do imóvel. Isso pode baratear bastante a compra. 

2. Acumule dinheiro até atingir 20% do valor do imóvel desejado, uma vez que a maioria das linhas de crédito permitem financiamentos de até 80%;  

3. Acostume-se a poupar de 25 a 30% de sua renda mensal. Este é o valor que irá gastar no financiamento, mensalmente, durante os próximos anos; 

4. Quanto maior for a entrada, menor será o valor das parcelas de financiamento; 

5. Faça a análise geográfica em relação ao seu futuro profissional. É certo que muitas vezes precisamos realizar mudanças definitivas inesperadas para outras cidades, estados, ou até mesmo outros países. Mas se pudermos considerar uma previsão, será inestimável.  

6. Reserve um valor para os gastos com compra de imóvel. Como vimos anteriormente, as despesas são significativas.    

7. Reserve também um valor para a mobília, pois um imóvel, geralmente, vem sem nenhuma mobília, ou no máximo, vem parcialmente mobiliado.  

8. Elabore um roteiro de compra. Você pode iniciar através da internet, separando todos os imóveis que teve interesse, e posteriormente visite de um por um, fazendo a comparação e analisando as vantagens e desvantagens de cada um.  

 

Considerações na compra de imóvel para investimento 

Um imóvel novo não traz somente gastos ao comprador, ele também pode ser um bom investimento. Dessa forma, você pode adquirir um imóvel para transformá-lo em uma fonte de renda.  

Existem algumas considerações fundamentais que precisam ser levadas à sério, se for escolher o imóvel para investir. 

Antes de mais nada, um locatário leva em consideração o custo de ocupação total na hora de alugar um imóvel. Por exemplo: R$ 1.000 de aluguel + R$ 350 de condomínio = R$ 1.350. Portanto, antes de comprar seu imóvel para alugar, preste bem atenção ao custo de condomínio.  

Uma alternativa para quem quer alugar é adquirir seu imóvel em um condomínio com múltiplas torres. Dessa forma terá redução no condomínio e consequentemente, maior facilidade no aluguel. 

Uma prática bastante utilizada também é comprar o terreno e construir seu imóvel. Esta opção pode trazer muito mais lucro do que comprar o imóvel pronto.  

Quando você constrói sempre terá valorização e jamais venderá pelo preço que comprou. E caso alugue, com toda a certeza, ele se tornará uma fonte de renda.